domingo, 29 de março de 2015

Há dedos assim!

Há dedos assim!
O toque!
Foi de uma forma inesperada...
Ela ao de leve tocou com a ponta dos dedos na cara dele...
Aquele toque !despertou nele todos os sentidos
Ele,
Era lume que crepitava em silêncio...
Ele, olhava -a de uma forma primeira ,como se nunca tivesse olhado para uma mulher,!
Ela de pele Alva ficou iluminada por dentro...
Os dois queimavam.
Todas as margens do ser foram derrubadas a esse contacto,
Aqueles dedos pareciam ter a força do universo,
a força das águas de Abril,
Parecia que os diques foram abertos e as margens do ser inundadas a esse toque transformado em desejo...
Há dedos assim...
O corpo se despe ! e fita o infinito que os encanta.
E a terra já aí se faz de céu..

Aida Gaspar
28 de Março 2015
Domingo de Ramos!
ELE
entrou na cidade ao fim da tarde,
Os dias em Março ainda eram curtos,
Os homens chegavam da parte baixa da cidade ,
e dispersavam pelas ruas,..
As mulheres ficavam encostadas nas esquinas,
Com ramos de palmeira para o saudar
Ao longe ouvia se a multidão que o acompanhava,
Ouvia se os cascos do burro,e o seu arfar de cansado
Ouvia se cânticos e salmos de louvor.
Tinha se a sensação que se podia encostar o ouvido a terra e ouvir o seu lamento.
ELE, entrou na Cidade
Vinha triste !sabia que o povo que o louvava ,era o mesmo que o iria entregar à morte.
O dia se fechava,!
Assim como o seu silêncio! Emudecia o.
Tinha sobre si todas as dores do Mundo, todas as maldades
Era hora de renascer e dar a vida por amor e pela salvação da Humanidade.
ELE olhou para o Céu.
Um fio de lágrima caiu


Aida Gaspar 29 de Março 2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

Hoje penso em ti Mãe

Mãe!
Hoje penso tanto em ti...
Ergo as mãos ao céu para orar.
e. com uma vontade doentia de te abraçar
Hoje é dia de saudade ,ela não pediu licença apenas entrou...
e trouxe com ela todas as recordações
Desse dia, de 25 de Março de 1983!
O dia anterior já me doía,
a noite não me consolou
a dor fincava me cada vez mais ,
até que a notícia chegou..
A solidão!
e o silêncio caiu me como uma sombra dentro do meu peito
Fiz a viajem calada pensativa,...
Era fim de tarde
os meninos falavam entre si vinham contentes iam passar a Páscoa a casa da Avó.
Eu, ainda sem saber.apenas pressentia !
olhava o céu ; através da vidraça do comboio
O Sol que se desfazia em labaredas como se fosse um dia de Verão...
E eu vinha em silêncio.
E,
Hoje guardo essa memória essa agudização de todos os meus sentidos...
O chegar a casa,
e ver meu mano a chorar, o pai sentado no sofá cabisbaixo a rezar...
Ele
Cultivava esse culto com humidade sentida,
com a devota devoção que estarias partir desse dia na casa de Jesus Cristo...

Tua filha Aida Gaspar... até sempre...
Meu mano Abel!
Era um dia de Sol,
Quando ele se juntou ao bandos de pássaros,
que faziam a travessia no estreito...
entre o Céu e a Terra.
Foi uma travessia lenta e silenciosa.
A primavera agasalhou todos os seus sorrisos,
Mas sua Mãe o acolheu no seu leito...

Hoje a minha saudade o faz chamar
a 6 anos que partiu...
Tua Mana Aida Gaspar

quinta-feira, 12 de março de 2015

Sentada no banco no jardim!
olho o azul do céu...
espalmo as mãos ,
como a querer agarrar te, Abraçar te .
Puxar te para mim por uns instantes...
Para te puder dizer que sempre penso em ti
Te invoco nas minhas conversas comigo e com Deus...
Tenho imensas saudades tuas...
Sinto falta !
da tua preocupação, constante!
Do teu aconchego ,
quando chegava a casa...
Sinto falta!
De te ouvir falar quase sem respirar, falavas , falavas...
Sinto falta!
Quando a noite vinhas sorrateiramente ,
espreitando à porta do meu quarto
se eu estava a dormir...
E
aconchegavas me a roupa
tiravas me os óculos, o livro ,e apagavas a tv
Sinto falta!...
Das nossas rabujices ,e troca de opnião
Sinto falta!...
De te ouvir dizer,
Eu ainda vou fazer muita falta
nesta casa...
Hoje passado 3 anos eu afirmo

Que falta me fazes.
Hoje eu sei que te amei...

Para minha 2º sogra.
11,03 2015
Aida Gaspar