caminhavas junto a vareda.
Ias de alma rasgada
de cara lavada em lágrimas...
Ias só, triste e abandonada,
levavas contigo só o teus sonhos...
E,
transportava os cuidadosamente
como se fossem uma bola de cristal fino.
Embalava os com jeitinho...
Ninguém entendia esses teus sonhos...
Tu !
Oh bela cigana !
de pele morena tisnada pelo Sol
de cabelo solto ao vento...
Andavas descalça
nem davas conta que o alcatrão ficava derretido na sola dos teus pés...
A noite por fim caiu ...
E tu ficaste,
esperando por ele,
naquele ponto de encontro junto ao redil...
Ele chegou de mansinho,para não te assustar
trazia a força do vento para te amar,
Na voz a esperança para te acalmar
,Nos olhos a ternura e a paz de tanto te querer...
E ali,
Os corpos se abraçaram e se abriram e fundiram num só
Os beijos silenciaram as bocas
O amor aconteceu ,se fez se dobrou...
E assim

um sonho aprisionado se soltou...
Sem comentários:
Enviar um comentário