terça-feira, 6 de novembro de 2012

Perdido de Ti



Tens olhos enevoados
Limpa-os às costas da mão;
Tens as mãos gretadas e rudes,
Unhas grossas e suja,
Cara queimada pelo tempo,

pescoço engelhado, tapado com a barba
grisalha.
Queres dormir mas o sono não tem pressa.
Olhas a noite de fora,
olhas a luz das janelas,
procuras lá o que perdeste à muito.
Perdeste a capacidade de sonhar
Mas; não te lastimas...
Dói-te o corpo, magro e febril;
O sono não dá sinal de chegada
O vento sopra,
uma nuvem de pó forma-se diante de ti,
arrasta folhas e papeis e faz remoinho,
Apertas o casaco ,e procuras o cobertor,
sem pelo rapado gasto pelo uso.
Tapas a cabeça e te despedes da noite...





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